Correntes

Correntes nos pés Algemas nas mãos Olhos fixos no retrovisor Nada se modificou O peito segue abafado Triste e solitário Mas hoje não Hoje vou romper meus grilhões Lavar o meu rosto Ficar em pé Sair pela estrada Como quem procura um caminho diferente Correntes não me prenderam Nada me impedirá Vou sair e vou voltar Vou lembrar De tentar Olhar minha culpa e me perdoar