Então a estrada continua e não há motivos para chorar, a estrada fica nua aos meu olhos. Se despe de todos os meus desejos e vontades, e é só um caminho qualquer. Quisera seguir no mundo sem ter nos olhos o véu do mal. É ele que, ás vezes, me impede de crer no teu olhar, me impede de rir do teu sorriso, me deixa incomodada com o teu ser. E mesmo assim a vida continua, ora rápida, ora lenta. Se veste de prata e me seduz, me impele à acompanha-lá, ainda que sem querer, porque sem o desafio não posso sobreviver. Esse existir me agride, me desestrutura e acima de todos os outros pesares, muitas vezes me engana. Porque eu desejo que meu mundo seja real, e a realidade é uma engolidora, silenciosa, de sonhos. Nesses momentos, o melhor é o silencio, o melhor é o adormecer. Deixa passar hoje, amanhã podemos rever, os cacos que restaram, da confiança quebrada, do amor todo errado. Quisera seguir no mundo, sem o véu do mal e do pecado Sem notar os erros alheios, sem julgamentos, sem...