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Mostrando postagens de abril, 2014

Sobretudo...nada

Sobretudo que dissemos, nada foi dito Além de tudo que fico, nada restou Enquanto perco tempo em juntar, é mais fácil perder Não que eu queira te lembrar, mas é melhor esquecer Quisera um pouco de sanidade Mas viver é a parte mais louca Enquanto perco tempo em explicar É mais fácil desaprender a amar Não existe longo tempo sem chorar Não existe nada que vá voltar Não há nada, onde nada há Sobretudo que se pode amar É melhor esquecer É melhor nem tentar

Se eu pudesse dizer adeus

Se eu pudesse não pensar...mas penso No adeus que nunca disse No abraço que não te dei de todo meu coração Das vezes que te amei de brincadeira, hoje sei, era verdade As palavras que aprendi a escrever Vieram do fundo da tua alma Que moldou no silencio todo o meu ser Te reencontrar é te perder Porque de alguma forma Você está sempre aqui, apesar da ausência Existir, sem você, é ferimento Corte profundo que se esconde Em meio aos compromissos de viver Se eu pudesse dizer adeus Diria até breve, até logo, nos veremos Se eu pudesse dizer adeus Queria sentir o perfume dos teus cabelos E sua mão na minha mão Se eu pudesse dizer adeus Eu só queria te abraçar infinito

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Ademais não podemos fazer nada A despeito de todo tempo passado, o tempo passou Se ficaram algumas marcas, a ironia guardou Insisto que a palavra pode dizer tudo Enquanto tudo não significa nada Se eu fujo do que resta, é porque algo ainda resta Mas ainda que o tempo voltasse Eu seria eu mesma? Ainda que o tempo voltasse O que encontraríamos? Além de nossos nós, congelados Presos a um passado, que não nos permitiram Que não nos emprestaram Um passado que não passou Além do tempo É só que perco o sono, pensando, passando É só que vejo meu cabelos brancos e Ainda tenho dezessete anos