Ainda assim

Já perdemos a conta do tempo
Já perdi a ultima lembrança de infancia
Certa vez ouvi que tinha o dom de decidir destinos em minutos e frases soltas
Houve um tempo de esperanças e ensaios
Um tempo em que os pensamentos
Vinham com data e hora marcada
Por desdem do destino
Descobre-se sem querer
Que o tempo nunca muda
A gente nunca muda
Mas porque será que de repente
As tonalidades vão se perdendo
E a trilha sonora de mais de cinco mil clássicos
Fica muito pesada
Chega ao meio da estrada e percebo
Que nem percebi essas mudanças peculiares do tempo
Porque o tempo em sua imaterialidade
Me fez perder o tempo das poesias
E o dia, e a hora marcada
Perderam-se nas brutalidades da imcompreensão
Se tudo podia ter sido diferente?
Que importância...
Agora o mundo é tão diferente
Um mundo onde só existe o presente
Já não escrevo mais, nem tenho a felicidade ingenua
Dos poemas e poesias.
É só mais um dia...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A flag

Cúmplice

:(