(...) Juventude

A juventude tem um quê de obscenidade
Nos invade nos nossos melhores dias de infância
Nos arrasa por inteiro
E de repente,
No meio do escândalo
Nos abandona sem aviso.

Por causa dela cometemos os piores erros
E vivemos as melhores aventuras

As vezes ela nos tira o folego
E quando estamos nos dando por inteiro
Ela some, e leva junto a maior parte de todos
Aqueles estranhos desejos de liberdade
E aquele frescor das manhãs tão inocentes
E a pele, e a alegria, e a esperança

Numa dessas manhãs
Você percebe que o tempo inevitável
Passou
E perdida em escombros a gente se pergunta
Se deve chorar
A obscenidade da nossa juventude
Que nos abandonou

Por que a gente quis tanto crescer
Sem saber o que queria ser
Sem saber...
Não tinha nada pra encontrar
Não tinha nada pra dizer

E é importante dizer
Que juventude passa por mim, por você
E deixa suas marcas entalhadas
Como donas da nossa história.

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