Lonely

Olho no fundo dos olhos
Que me veêm, mas nem tanto
E embora, às vezes, esses olhos
Percam o foco
A paisagem é sempre a mesma
Cinza, escura, triste
Obscena, invasora, insistente

Eu, hoje, descobri quem sou
E no momento exato
Da minha descoberta
Esqueci o que procurava

E no fundo da minha alma
Sempre os mesmos olhos
À me perseguir
Mudos, sombrios, infelizes
Aterradores, acusadores, infinitos

Esses olhares silenciosos 
Dizem tanto de mim
Dizem tudo que eu fiz
E já não posso esquecer

E eu, hoje, descobri quem sou
Embora saiba que de tanto 
Ser eu mesma
Os olhares indecifravéis
Serão mudos para sempre
Dentro do meu mundo 
Particular e solitário

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