OS NÓS

Por onde quer que eu ande
Ou onde quer que eu vá
Você está lá

No meu sorriso moderado
Que esconde um peito marcado
No balanço do meu cabelo
Que tenta te esquecer
No meu andar solitário
Que procura não mais te querer

Todos os dias são avessos
Todo o avesso lembra nós dois
E os nós do nosso encontro
Que me amarraram
Numa louca ilusão

Por todos os lados
Há resquícios de você
Em todos os lugares
Que eu tento te perder

E cada vez mais
Parto o meu coração
Em dois
Um pedaço é todo seu
E o outro não te esqueceu

Todas as noites são longas demais
E durante o dia pareço incapaz
De sobreviver...e viver...sem você

Mas os dias vão passando
E a gente não se fala mais
A gente não se vê mais
Os nossos nós se romperão
E eu perdi o meu caminho

Por isso, às vezes, não consigo
Estar em mim... sem você
Por isso, às vezes, não consigo
Me lembrar de te esquecer
E entender que me perdi
Na tua mão que se desprendeu da minha

E esse telefone que não toca
Me deixando sozinha e sem respostas

Nada muito confuso
Tudo pouco perfeito
Todo caminho desfeito
Revela o quanto não suporto
Perceber meu incorrigível defeito

Fica tudo bem, tudo bem...

Agora já é tempo de entender
Que no instante em que as palavras se perdem
Deixando o silêncio entre nós dois
Já não temos mais nada a dizer...
O que acaba nem sempre é o amor
O que acaba é a força que prende
Os nós dos encontros marcados sem hora
Os nós das coincidências infantis

Os nós que nos amarram
São os mesmos nós que nos permitem fugir
Com as marcas da prisão
Esculpidas dentro do tempo
...No fundo coração...

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