RESISTÊNCIA
Por detrás da cortina, que ora ou outra, desnuda o palco da vida
Se esconde um semi amor que tem sobrevivido
Subtraindo a melhor parte dos dias idos
Por enquanto reflete uma sombra pálida de sorte
Sentindo na face o sopro cálido do dragão
Que protege a entrada do teatro
Quanto, a mim , fui esquecida
No olho do furacão
Num espaço infinito de cores e sons
Sem sentido e intenção
O preço é pecado mortal
Que se cobra sem dó
Num tic-tac de insuportável igualdade
Daqui a pouco, as cortinas se abrirão
E no meio do palco irá surgir um palhaço triste
Que, mecanicamente, irá sorrir desconcertado
Pra contentar, toda a gente que assisti
O espetáculo de quem pensa que resiste.
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