Um dia



Pequenina flor
Tão aguda dor
Que engole o que é humano
E renasce feito ator

Então represento no palco cotidiano
A desventura do meu destino
Tão pequeno

Cada fim de noite
Cerro as cortinas
E tiro a pintura do rosto
Um suspiro profundo
Se solta do meu peito
Arredio de mim
Cheio de solidão sem fim

E deixo à mostra
Uma mulher, apenas

Às vezes, amante
Às vezes pequena
Um tanto cansada
Um tanto poema

O encanto acabou
O que era estranho se revelou
Nada restou
Do falso brilhante

Então empunho a minha espada
Para enfrentar
O meu pior inimigo

Aquele que se revela 
No meu ponto mais escuro
No fim da estrada
Sem destino algum...

Perto do olho do furacão
No ultimo lugar
Que me tocou a tua mão

Empunho minha espada
Pra ferir meu coração.

Comentários

  1. Uau, eu gostei viu. Gostei sim, é você mesmo que escreve né?! Parabéns.

    Valeu por comentar no meu blog, aproveita e curti a página dele no facebook
    https://www.facebook.com/pages/O-Di%C3%A1rio-de-Alder-Bianchi/259532084098709

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  2. Valeu mesmo,e sou eu que escrevo sim... Muito obrigado pela atenção e sensibilidade. Até.

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