I see
Eu olhava aqueles olhos tão mornos
Aqueles gestos tão cansados de se repetirem
Eu via no silêncio um desespero
Eu sabia que existia uma esperança
Eu via naquele corpo imóvel
Tantos sonhos ceifados pela imprudência
Aqueles olhos me ensinaram a me traduzir
Me ensinam todos os dias a me explicar
Pra mim
Aqueles olhinhos infantis tão cheios de sofrimento
Quisera eu poder decifrá-los
Aqueles olhos mudos, opacos, anestesiados
Cheios de mensagens, cheios de sinais
Aqueles olhos gritam quando eu passo
Só pra me lembrar que eu posso estar de pé
Que toda queda pode ser um recomeço
E que a vida é uma queda muito curta
Pra ser desperdiçada
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