Toda felicidade
Olhava no espelho o rosto agora cansado
E via nas mãos a marca do tempo que havia passado
Ás vezes as pernas pesavam, doíam, travavam
Tantos dias já passados
Alguns solitários, outros acompanhados
A imagem que se desbota aos poucos
Também pede aos poucos seu espaço
No espelho, nas mãos, no corpo todo
Tantos dias passados
Toda felicidade
Construída, destruída, resgatada
Toda felicidade
Entre essas rugas nos olhos
Que emolduram o olhar de quem viveu
De quem sonhou
Sonhos que aos poucos se transformaram
Pra explicar que toda a felicidade
É feita de travessias, transições e passagens
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