4° POESIA EM TRÂNSITO - ULBRA

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A flag

Se eu puder me adaptar Se eu puder sobreviver Se esquecer por um segundo O que vim buscar aqui Tudo aquilo que esqueci fará sentido Dentro de mim Mas se eu só quiser viver Um dia de cada vez E se eu quiser dizer tudo que penso de você Talvez nesse momento Você vá me desconhecer Dentro de mim É tudo questão de dizer Aquilo que se cala antes do fim Depois que tudo acabar todo mundo vai dizer O melhor caminho a seguir Mas se eu puder, se eu quiser Só desistir Tudo já tem sentido dentro de mim
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Cúmplice

Por que eu poderia ter dito - Adeus Mas, estranhamente, disse - Até logo E o logo...nunca mais chegou Os sonhos que guardamos Na gaveta empoeirada Hoje podem ser olhados Mas não possuem mais o mesmo frescor Então, tenho que sonhar novos sonhos Querer ter novos amigos Me apaixonar mais uma vez Mas quando a vejo no espelho Tão diferente de mim Tão estranha e solitária Quero esquecer o que vi Porque nós éramos cúmplices Porque nós éramos uma só pessoa E agora não resta ninguém Para contar a estória de nossas vidas Eu quis crescer tão rápido Só pra descobrir Que precisava ser criança Um pouco mais Eu precisava ter esperado E vivido um dia de cada vez Cada dia que a minha urgência Me roubou, faz falta E digo à mim mesma - Vai passar E me pergunto será? Será que você vê? Você vê o que eu posso sentir? Quem é você? Por que se esconde e ainda está aqui? - Porque nunca consigo me esconder de mim. Nunca, n...
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:(

Aí você chega já no fim, depois de todo o sofrimento, quase com as lágrimas derradeiras Revelo que esperei, e não hesito em confessar, porque preciso só falar Nos teus olhos posso ver, o meu rosto cansado, envelhecido Posso prever, sem compreender as caras e bocas de desaprovação Mas não consigo desistir, não consigo não querer vencer o mal que brota Em cada vez que se avizinha a sua chegada
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