De lembranças e assaltos

Aqueles loucos dias ainda me assaltam o espirito
E estremecem meu corpo ao dobrar a esquina
Olho para trás, e não devia ter olhado
Aquela loucas noites ainda me arrasam
Lembro de não respirar
Lembro de não viver
Lembro de muitas vezes ter chorado
Lembro de muitas vezes ter estremecido
E não esqueço de muitas vezes ter me confundido

Lembro de brigar com o mundo
E de, no fundo, só querer gritar baixinho
Que não era nada disso
Olho para trás, e não devia, não devia nunca ter olhado
O silêncio me deixou desolada
No fundo esqueci
Esqueci de ter chorado, de ter te amado
Lembrei de todas as confusões nos meus sentidos

Que o passado permaneça no passado
Que eu sobreviva aos meus espinhos guardados
Que eu não estremeça
E nem olhe para trás

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